Na sexta-feira passada demorei quase hora e meia para ir de Alcântara até Almada. Sim, adivinharam, o problema estava na Ponte 25 de Abril (ou melhor no acesso até à ponte). Não me chateou por aí além porque é raríssimo fazer esse trajecto nos dias que correm, mas não pude deixar de me recordar que, há coisa de uns 10 anos atrás, o fazia todos os dias e que a via sacra da travessia da ponte em nada era diferente do que se passou nesta sexta-feira.
Ou melhor, era: nesse tempo, anunciava-se uma ponte nova, bem como duas faixas de rodagem suplementares para a 25 de Abril. Na minha santa inguenuidade de então, acreditei que com essas medidas tudo seria diferente e que nunca mais algo tão importante para a nossa economia em geral e para o nosso bem estar em particular, i.e. uma travessia rápida do rio, viria a ser tão agudamemente complicada.
Como quase sempre, estava enganado, a ponte, para parafrasear uma canção, é ainda uma miragem, para a outra margem. É por essas e por outras que em relação ao referendo do próximo domingo mantive um silêncio quase total. Mas hoje, a dois dias do dito, venho aqui apelar ao voto. Não, não venho fazer campanha, tão só dar-vos conta de que eu vou votar e que me parece que todos o deveriam fazer. Quanto à campanha e às eventuais intenções de voto, deixo a cargo de outros; até porque na minha opinião, poucas pessoas se terão expressado sobre a matéria de uma forma tão lúcida. É verdade, a acreditar na minha experiência de sexta, pouco mudou com a Vasco da Gama, mas alguma coisa mudou certamente...
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