Vem aí o referendo ao aborto e Sócrates esfrega as mãos de contentamento. O nosso primeiro não dá ponto sem nó e, de forma inteligente, deu razão ao mais estúpido dos argumentos: "Vamos deixar 230 deputados decidir por nós?" O badameco fascistóide que se lembrou desta para invocar o referendo esqueceu-se que os 230 decidem por nós todos os dias e em todas as matérias. O crápula olvida que os 230 foram eleitos por todos nós para fazer exactamente isso. Sem tirar nem pôr.
Mas, dizia, de modo inteligente, Sócrates colou-se logo e avançou com o dito referendo, pois sabe que o único vencedor seguro e antecipado é ele e o seu Governo. Esperem para ver. Enquanto estivermos todos entretidos a concordar ou a discordar com os canalhas de serviço (Ó Lutero, ó Calvino, ó Henrique VIII, porque não nasceram em Portugal?..) pela calada Sócrates irá fazendo aprovar as medidas que muito bem entender com o intuito de nos aliviar a carteira e, diz ele, colmatar o buraco do défice.
Quanto ao resto, este referendo é uma grandíssima sacanagem. Na melhor das hipóteses, ganha o Sim e fica tudo na mesma, com os púdicos dos médicos a invocar Hipócrates para mandarem as mulheres à merda no serviço público e o todo poderoso Euro para lhes tratarem do problema no privado. Na pior, ganha o Não e constatamos de novo que esta merda não tem remédio, porque a Reforma não passou por aqui e a malta com dois dedos de testa prefere fugir a viver em tal choldra. Eu vou votar. Mas não me falem de aborto, só de ouvir falar em referendo ao aborto apetece-me sacar da pistola.
Mas, dizia, de modo inteligente, Sócrates colou-se logo e avançou com o dito referendo, pois sabe que o único vencedor seguro e antecipado é ele e o seu Governo. Esperem para ver. Enquanto estivermos todos entretidos a concordar ou a discordar com os canalhas de serviço (Ó Lutero, ó Calvino, ó Henrique VIII, porque não nasceram em Portugal?..) pela calada Sócrates irá fazendo aprovar as medidas que muito bem entender com o intuito de nos aliviar a carteira e, diz ele, colmatar o buraco do défice.
Quanto ao resto, este referendo é uma grandíssima sacanagem. Na melhor das hipóteses, ganha o Sim e fica tudo na mesma, com os púdicos dos médicos a invocar Hipócrates para mandarem as mulheres à merda no serviço público e o todo poderoso Euro para lhes tratarem do problema no privado. Na pior, ganha o Não e constatamos de novo que esta merda não tem remédio, porque a Reforma não passou por aqui e a malta com dois dedos de testa prefere fugir a viver em tal choldra. Eu vou votar. Mas não me falem de aborto, só de ouvir falar em referendo ao aborto apetece-me sacar da pistola.
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